domingo, 31 de maio de 2015


                                             SOLOS SÃO A BASE DA VEGETAÇÃO

          Solos saudáveis são cruciais para o crescimento contínuo da natureza e para vegetação, fornecendo alimento, fibra, combustível, produtos medicinais e outras coisas, como o ecossistema: a regulação climática e a produção de oxigênio. 
Solos e vegetação tem um relacionamento recíproco. Solos férteis, encoraja o crescimento das plantas fornecendo à elas nutrientes, atua como um tanque de retenção de água e serve para as plantas fixarem suas raízes. Em retorno, a vegetação, as copas das árvores e florestas ajuda a evitar a desertificação do solo, estabilizando-o, mantendo a água e o ciclo de nutrientes, reduzindo a erosão hídrica e eólica. Como crescimento da economia global e mudanças demográficas estão só aumentando, aumenta também a demanda por vegetação, alimentos para o gado, e vegetação de sub-produtos, como a madeira, a pressão e a pressa de ter todos esses produtos aumenta o risco de degradação do solo. Usar a vegetação de maneira sustentável - mesmo as floretas, pastos ou prados- vai aumentar os benefícios do solo, incluindo a madeira , forragens e alimentos, de forma que atenda a sociedade e ao mesmo tempo conservando e mantendo o solo para o benefício das próximas gerações. A utilização sustentável dos bens e serviços da vegetação, e no desenvolvimento de sistemas agro-florestais e também sistemas de lavoura pecuária também têm o potencial de reduzir a pobreza e fazer as pessoas pobres que vivem no meio rural menos vulnerável ao impacto de degradação e desertificação do solo.
  
   





                                                     PRINCIPAIS DESAFIOS

            A degradação do solo é, em muitos casos, o resultado da má administração do solo. O consequente declínio na vegetação e seus produtos, como a alimentação, a fibra, o combustível e medicamentos possuem efeitos adversos na produtividade do solo, na saúde humana e do gado, e nas atividades econômicas. Por outro lado, a cobertura vegetal, densa e saudável, protege o solo dos agentes da erosão, tais como o vento, a água e pode melhorar a sua produtividade. Uma grande parte da população depende da vegetação para a sua subsistência: cerca de 80% das pessoas no mundo em desenvolvimento, utilizam produtos florestais não-madeireiros para a saúde, necessidades nutricionais, e para a renda. Além disso, um número estimado em 2,6 milhões de pessoas do mundo depende de combustíveis provenientes da madeira, incluindo o carvão, para cozinhar e aquecer. O setor pecuário é de longe o maior usuário de terras por seres humanos. O pasto ocupa 26% da superfície terrestre do planeta, enquanto a produção de culturas de alimentação requer cerca de 1/3 de toda terra arável. Expansão de pastagens para o gado, é um fator chave para o desmatamento, especialmente na América Latina: cerca de 70% da terra previamente florestada na Amazônia é usada pro pasto e forragens (plantações para o uso do gado) para cobrir uma boa parte do restante.  Cerca de 70% de todas as terras de pastagens em áreas secas é considerado degradado, principalmente devido às práticas de pastagens pobres. A administração sustentável das pastagens, florestas e outros terrenos de vegetação é, portanto, essencial para a conservação dos solos e, consequentemente, apoia meios de subsistência rurais, a manutenção da produção pecuária, promovendo o crescimento da vegetação e assegurando o uso atual e futuro das matérias primas provenientes do solo. 



TRADUÇÃO: Yasmine de Moura Rodrigues.






Veja, em 1 minuto, porque devemos cuidar do solo:


2015 É O ANO INTERNACIONAL DO SOLO

Eleito como tema do ano de 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o solo é um dos materiais biológicos mais complexos do planeta. Leva mais de mil anos para formar dois centímetros de solo superficial, e apenas um punhado dele pode conter bilhões de micro-organismos.

A nomeação de 2015 como Ano Internacional dos Solos é uma tentativa da ONU de chamar atenção para a riqueza e a fragilidade do recurso, além de mobilizar a população para a importância de preservar e de recuperar os solos, devido ao desmatamento ou ao uso agrícola inadequado. 

Os índices de degradação e contaminação do solo são alarmantes: 33% das terras do planeta estão degradadas, por razões físicas, químicas ou biológicas, estima a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Sem o solo, ficaríamos sem ter o que comer e perderíamos um dos serviços ecossistêmicos vitais que sustentam nosso bem-estar econômico, social e ambiental.

A agenda de debate do tema é para o ano todo. Ao mesmo tempo em que negociadores climáticos estarão reunidos em dezembro deste ano, em Paris, para a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP21) cientistas de todo o mundo também se reunirão, em Dijon, na França, para a primeira Conferência Global sobre Biodiversidade dos Solos*. Logo em seguida, será lançado o primeiro Relatório Estado dos Recursos do Solo Mundiais.

Para registrar tudo a respeito dessa celebração, a FAO lançou site (em inglês) e listou seis fatos sobre solos saudáveis:
- são a fundação para a vegetação, que é cultivada ou manejada para alimentação, fibra, combustível e produtos medicinais;
- são a base da produção de comida;
- sustentam a biodiversidade do planeta e eles abrigam um quarto do total;
- ajudam a combater e a adaptar às mudanças climáticas ao ter papel fundamental no ciclo de carbono;
- armazenam e filtram água, melhorando nossa resiliência a enchentes e secas;
- é um recurso não renovável, o que torna sua preservação essencial para a segurança alimentar e para nosso futuro sustentável. 


FONTE DA NOTÍCIA: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/2015-ano-internacional-solos-825562.shtml